O Tesouro

13-03-2018

Trabalho apresentado pelo aluno Rúben Rodrigues, do 8.º Ano, turma D.

O Tesouro

in "Contos", de Eça de Queirós

O conto concentra-se na vida dos três irmãos de Medranhos, Rui, Guanes e Rostabal, que habitam o Reino das Astúrias. Passam os dias no Paço de Medranhos, junto à lareira, que há muito que não se acende. Devoram à noite, pedaços de pão esfregado em alho, indo depois deitar-se no estábulo para aproveitar o calor das suas três éguas.

Certo dia, enquanto passeiam na mata de Roquelanes, encontram, numa cova de rocha, um velho cofre de ferro. Este tem três chaves e as suas respetivas três fechaduras. Os três irmãos ficam deslumbrados porque pensam que lhes foi dada a oportunidade de retornarem às suas vidas de luxo e bem-estar. Rui decide que o tesouro será distribuído igualmente entre eles. Assim, decidem que Guanes se dirigirá à vila mais próxima (Retortilho) e trará comida e alforges para carregar o tesouro. 

Enquanto isso Rui tenta manipular o seu irmão Rostabal a matar Guanes , porque este faz troça dele e irá gastar o dinheiro mal, e assim terão que dividir o tesouro só por dois. Guanes é morto e à primeira oportunidade Rui mata Rostabal, ficando assim o Tesouro só para ele. Enquanto Rui saboreia esta vitória sobre os seus irmãos e imagina como será ser o novo Senhor de Medranhos, verifica que o seu irmão só trouxe duas garrafas de vinho para três irmãos, mas levado pela sofreguidão, não dá ao facto grande atenção. Começa a beber o vinho e a comer que o irmão trouxe. Enquanto carrega o ouro do tesouro para os alforges, começa a sentir um mal-estar, como se uma chama se acendesse dentro dele e, quanto mais ele a tenta apagar, mais a sente. Rui tenta pedir ajuda aos seus irmãos mortos, e tenta sugar a frescura da água mas esta revela-se como metal derretido, queimando-o. Assim todos os irmãos morrem e o tesouro continua na mata de Roquelanes.

Este conto é fortemente simbólico...

Há a repetição do número 3

Número simbólico que representa a família, a perfeição ...

Número 3...

  •  Três irmãos;
  • Três chaves;
  • Três alforges; 
  • Três maquias de cevada, 
  • Três empadões de carne, 

mas

Apenas 2 garrafas de vinho...

Desde logo, vamos percebendo alguns sinais (indícios) de que o final será trágico (referências à "cruz", ao "vestido de negro"...

O conto centra-se em duas questões:

Laços familiares em oposição com a ambição desmedida.

Com este conto, Eça de Queirós leva-nos a refletir sobre os valores da família e a ambição. De que forma podemos conviver com as duas coisas?

Os três irmãos, talvez por crescerem como lobos, afastados da comunidade, deixaram-se cegar pela ganância e acabaram por se matar uns aos outros.

Terá valido a pena? A conclusão é que não. Se tivessem dividido harmoniosamente o tesouro, podiam viver felizes os três, terem uma casa luxuosa e uma vida melhor como já não tinham há muitos anos. 

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